OS VIDEIRINHOS

Um dos episódios mais curiosos nos pós 25 de Abril de 1974 foi a súbita emergência de umas personalidades que de um momento para o outro passaram a exibir A República e o Diário de Lisboa debaixo do braço em contraste com A Bola e o Record de semanas antes. Catalisadores de tarefas, despachados nas ordens, acalorados na oratória, furiosos perante um confronto de ideias…  A alguns eu...
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O RELÓGIO CRAVEJADO DE DIAMANTES E A PULSEIRA DE OURO MACIÇO

(Diálogos ao pôr-do-sol tropical) O relógio cravejado de diamantes (RCD) – Ufa! Finalmente consigo relaxar um pouco. Já não tenho que estar sempre com a preocupação de me mostrar abaixo do punho da camisa e a ser devassado pelos olhares dos piolhosos… A pulseira de ouro maciço (POM) – Isso chama-se inveja. As pessoas adorariam ser como tu. Reluzente e grandioso. Ainda por cima um...
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CRENÇAS E SUPERSTIÇÕES, MEMÓRIAS BREVES

Uma atitude reflexiva sobre o mundo da superstição e das atribuições culturais para a doença mental creio ser sábia, na medida em que o compreender e o explicar se tornam mais facilitadores da comunicação. De facto, se a relação médico-doente deverá ser de abertura e calor humano, então não é desejável que o léxico de secretismos ou regionalismos que integram formulações...
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AS BRUXAS

Conheci várias curandeiras populares, desde histriónicas dissociativas a epiléticas, gentes de benefício nas suas comunidades pelas rezas e ervas em tisanas. Não tanto por dons de adivinhação. Por norma, temidas ou respeitadas, esses alegados poderes suscitavam quase sempre secretismos. A famosa expressão “tens que sair” é um convite a procurar ajuda fora dos circuitos médicos....
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