“Quero morrer, quem me salva?”: O suicídio primaveril

A Primavera acordou. Eis a pujança e a alegria. Borboletas esvoaçam, flores irrompem, pássaros bicam. Ribeiros tocam uma musicalidade de cristal. Mas por um estranho contraste há pessoas melancólicas em redor. Já não vão à janela nem passeiam o cão. Mal falam. Olhar abismado, no infinito. Ensimesmadas. Horas na cama e sempre a mesma roupa. Espelho arredio da sentida fealdade. Nem pente...
Ler mais

MÃE

Encasulado em almofada de folhos Aconchegado o pardo ursinho Botija de barro remexidos pés “Crê ó noite acordarei quentinho”   Contos de lobos ogres e princesas Quantos pavores do homem do saco Corredor escuro medos tamanhos “Atira-te ao vento tu não és fraco”   Sopas de leite em boneco palhaço Garrido gorducho ar brincalhão Soltava risonho “Bom Dia Menino Sempre aqui...
Ler mais