COVID-19

Mineiro de sonhos Ó desgrenhado

Da negrura da escuridão saído

Para trás olvida funda galeria

Torso ao vento já não retraído

 

Que montanha trepas Ó amargurado

Sem norte lunático em labirinto

Hoje não importam ouros reluzentes

Porque ao longe outro farol pressinto

 

Tolhido em prisão Ó acorrentado

Roubaram-te o murmúrio do mar

Rochedos ecoam pio das gaivotas

“Não lhe tirem o que não lhe podem dar”